sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Porreiro, pá.

O problema com algumas educações é exagerarem nas camadas que impõem no indivíduo.

Os seus discursos tornam-se  inúteis por tão indecifráveis que são, sem se conseguir entender o que é defendido ou se propositadamente nada se defende, a nada se compromete.

Uma tristeza.

Semelhante ao cenário triste de assistir ao génio que por dislexia não consegue partilhar com o Mundo, o que lhe vai na alma.

O último nasceu assim, por adaptar.
O primeiro, desadaptou-se algures no caminho.

A um há que dar a mão.
Ao outro há que explicar que é essencial simplificar,  sob pena de não obter eco de quem o rodeia.

Não se deve perder tempo com discursos retorcidos quando vivemos num Tempo em que não há tempo e onde a sede é pela transparência.
Urge focar no essencial das vidas, das relações, das palavras.
Clarificar o conteúdo e simplificar a forma.
Já la vai o tempo em que palavras de 5 tostões compravam pão.

E não basta migrar do ”Felicitações amistosas” para o ”Porreiro Pá”
Tens que ser um trabalho de reflexão, para se conseguir encontrar dentro de cada um de nós, o conteúdo importante e depois, transmiti-lo eficazmente no pouco tempo de antena que actualmente disponibilizamos uns aos outros.

Eficácia na transmissão e clareza na convicção.

Em casos mais difíceis, a única forma é voltar à escola, mas desta vez à escola do descomplicómetro.
Existem muitas, e às vezes batem à nossa porta quando menos se espera, mas ao mesmo tempo, quando mais se precisa.

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