sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aprender com os erros

Discuto com uma pessoa sobre um assunto, mas temos opiniões contrárias:

1ª hipótese: Ele(a) não sabe do que fala.
(Mas venho a saber que afinal temos o mesmo background).

2ª hipótese: Ele(a) é um(a) idiota - tem toda a informação mas não percebe.
(Mas venho a saber que é uma pessoa inteligente).

3ª hipótese: Está a contrariar-me propositadamente mesmo sabendo que eu tenho razão.


..Então e se....eu estiver errado? Isso não é hipótese?
Não. Claro que não.
Não é sequer hipótese porque a partir do momento em que passei a viver numa sociedade que aponta os erros como defeitos, como deficiências, como vergonhas, não me é concebível assumir os meus erros.

Assumir os meus erros é correr o risco de ser riscado do mapa.
Mas o problema é que todos erramos e todos tentamos na realidade esconder as nossas fraquezas.

Tal qual Lobo Alfa na matilha que esconde o seu ferimento para evitar ser destronado.
Estamos neste caso a aplicar a lei da selecção natural.
Mas com os humanos a lei da selecção natural nem sempre se aplica.
Não é por acaso que crianças que nascem com defeitos genéticos não são abandonadas.

Somos ligeiramente diferentes dos Lobos.
De tal forma somos diferentes que nos humanos até há quem goste de relatar as suas fraquezas físicas até à exaustão como forma de obter afecto e isso de certeza que não acontece nos Lobos.

Defendo que nos ouçamos com mais atenção e que passemos a conceber dentro das nossas mentes que do outro lado da discussão está também alguém em constante crescimento, e que o crescimento se faz muito à base de erros. 

O respeito pelo próximo está no facto de reconhecermos nele, a vontade de aprender com os erros.
A partir daí, os erros podem ser partilhados, com quem merece o nosso respeito.

Se os partilharmos, avançamos os dois mais depressa.

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